quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Receita de Segredos

Vou contar um segredo, que não se lê nos livros. Vem aqui bem pertinho. Quer saber como o amor é feito? Preciso que escute com atenção, aquilo que fala ao coração.

Então as coisas que eu sei, ou as que nunca saberei, poderiam lhe dizer somente meras sensações. E é ai, que fazem a diferença os sentimentos e a imaginação.

Pense numa dança bem gostosa. Num tango meio merengue. Uma coisa romântica e calorosa. Devagar os corpos se fundem em uma pequena sugestão. Um beijo aqui, um cheiro ali e tudo deixa de ser uma ilusão.

O difícil é encontrar alguém que mereça. Todo o tempo, gesto, carinho, lágrimas e comoção. Alguém que realmente reconheça a sua posição. E por isso existe outro segredo. Uma situação em que não se pode ter medo.

E agora, quer saber? Uma coisa que antes deveria te dizer, gostar de você é que de verdade dá maior prazer. Falo de amor próprio, auto-estima e paz interior. Só dessa forma, tranqüila contigo mesma, que trará o verdadeiro amor.

E não existe qualquer lição que eu poderia te ensinar, tirando o fato que aprendi a te amar. Pensando bem, não sei porque fui agora revelar. Mesmo porque sou tímido e inseguro e extremamente imaturo.

Parece pretensão, mas apesar das diferenças... você me deixa conquistar?
Tenho mais um segredo e quero partilhar...
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terça-feira, 30 de outubro de 2007

Sin Sala Bin!!

Te carrego em meus sonhos, meio aos devaneios... e tudo fica assim, você bem ai, e sempre dentro de mim. Seria uma coisa no jeito, no laço, que me prende no traço e que me deixa afim.

E se um dia me perguntarem? Responderei que sim! Direi aos deuses, políticos, as crianças e aos idosos, homens e mulheres que também desse jeito sou feliz.

Que engraçado não?! Começamos já com o nome dos filhos, e um deles seria João. Uma coisa de santo fruto de uma paixão.

Nossa vida seria (imagino) assim, cheia de rimas, do começo ao fim. Eu pescador e você uma rendeira. Aquele tanto de criança (nada de televisão) imaginou a brincadeira?

E quando chega a luz do sol, acordo e me descubro sozinho. Então espero por mais um dia, chegar a terra do infinito, onde poderei ser mais uma vez um pouco de você e você de mim.
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domingo, 28 de outubro de 2007

Solitude e devaneios

Eu sempre fui seu, mesmo sem saber a cor de seus olhos. O seu cheiro de primavera esteve em meus pensamentos, muito antes de imaginar que um dia poderia estar contigo.

E agora, sentado diante a minha solidão, como se estivesse em meu quintal estou com medo de te encontrar. Tremo só de pensar que ainda não me amo o bastante para te possuir. Choro pelo fato de ainda ser atingido pelos dias cinzentos e nublados.

Ah, como eu te quero. Se não fosse essa insegurança do ser-e-não-ser, de não me conhecer, imagino que já poderia estar com você.

Ah, pensando aqui sozinho, vejo-me na imensa tentativa de me tornar fácil. Um ser que consigo decifrar. Que permite se amar como se ama aquilo tão estimado.

E até agora nessa busca incansável e tortuosa, a única coisa que descobri, é que já te amo, antes mesmo de me conhecer.

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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O dia em que o dente boiou (escrito em 12/01/2005)

Ela era tão linda! Desde o dia em que a vi pela primeira vez nunca mais a esqueci. Era azul, com um banco amarelo. Amarelo ouro, que também formava a espuminha do guidon! Era uma cross... na verdade todos chamávamos de "croisinha".

Meu avô a trouxe embrulhada e assim eu devorava as folhas de papel-presente com fome de curiosidade para poder tocá-la! Ahhh... como meus dia tornaram-se mais divertidos. Brincava de tudo e ainda por cima adorava dar carona para as pessoas, de certa forma a bicicleta tinha me ajudado a ser uma pessoa mais altruísta.

Sempre adorei aventuras e agora estava completo. Minha companheira estava lá, sempre sedenta de velocidade e adrelina. E foi numa dessas "investidas" que meu sorriso mudou para sempre.

O dia começou especial. Acordei e ao olhar a janela vi o nascer do sol... logo logo eu estava nas ruas, descendo uma ladeira conhecida como "descida da morte" pelas crianças. O vento roçava em meu rosto e meus cabelos pela primeira vez balançavam com vontade. Meus olhos se enchiam de lagrimas. Elas percorriam suavemente as maçãs de minha face, e ao fim caiam no infinito e se esfacelavam no ar!

O atrito do pneu emanava um som prazeroso, principalmente ao cortar o asfalto com curvas perigosas e rente ao solo! E eram muitas curvas... a luz dos raios reluziam nos muros das casas... conjunto perfeito, velocidade, emoção e beleza... mas nem tudo foi feliz naquele dia.

La estava ele, estático. Marcelo, com sua grande bicicleta... uma bicicleta de adultos... Uma barra circular para ser mais exato. Comparando, brincávamos que ela era o ônibus, enquanto as outras não passavam de carros ou motos... De certa forma "o monstro" me atraiu... e numa jogada do destino se fez completo o meu desejo.

-Vamos trocar de bicicletas por um instante?! Diz Marcelo.

Respondi positivamente. E assim trocamos os itens que mais adorávamos. E ao se apossar da bicicleta meus olhos se encheram de presunção... era uma situação que me sentia no poder... Não sabia que faria uma viagem que iria ser única em minha vida!

Comecei a descer a ladeira. O vento parecia mais pesado que o normal. As luzes não reluziam mais da mesma forma, mas mesmo assim eu queria descer, insistia em algo que não entendia o porquê, eu só queria poder. Corri como nunca antes... as curvas estavam mais perigosas, diferentes, horrorizantes... o momento se aproximava.

A curva mais difícil se aproximava. Nós a chamávamos de curva "Tamburelo" , aquela em que morreu o nosso grande herói Ayrton Senna. Me aproximava cada vez mais rápido. A bicicleta tomou vida própria... a criatura se revoltou contra o criador... a primeira idéia que veio a minha cabeça era apertar os freios, que ironicamente, numa cena cinematográfica, não funcionaram. Tentava controla-la, mas o seus sórdidos desejos eram mais fortes que o meu, e num pequeno gesto de desistência me entreguei ao acaso, ao meu destino.

O choque foi certeiro e os longos pneus bruscamente se encontraram com a calçada. Num gesto brusco e rápido o guidon me deu um cruzado de direita. Meu rosto virou-se de repente. Um liquido avermelhado saiu da minha boca e escorreu pela face onde antes escorriam lágrimas. Foi tudo rápido e indolor.

Após o choque voei. De certa forma realizei um desejo. Sempre me perguntavam que poderes eu gostaria de ter, sempre quis voar. Esse momento de prazer foi interrompido justamente na hora que me choquei com a calçada, cimentada... a sorte que rolei por cima da grama e os danos não foram tão grandes. Foi incrível! Meus amigos se aproximavam fazendo barulhos de sirene... gritavam, "olha o ayrton, olha o ayrton" e todos foram me socorrer.

Levantei-me e fui para casa. Calado. Meu rosto doía, ele estava ralado... a primeira coisa que fiz foi olhar no espelho... e a primeira coisa que reparei era que faltava uma coisa... Olhei espantado e disse: Caramba, cadê meu dente?!

Tentamos de tudo, inclusive jogar água na grama para ver se o dente boiáva, o que não iria acontecer nunca. Hoje pago pela falta do dente, mas penso que a beleza das pessoas e seus atrativos estão nas suas imperfeições, naquilo que os transforma em distintos.

Não sou muito diferente de milhares de brasileiros, que não possuem dentes, mas o meu "buraquinho" pelo menos é charmoso!

O engraçado é que depois desse dia passei a sorrir sempre... cada vez mais feliz!

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domingo, 21 de outubro de 2007

Na falta de versos, meu coração

Palavras me faltaram aos olhos,
para dizer o que sentia por você.
Naquele lugar apertado, dividido.
Ora triste ou confuso chamado Coração.

Diziam que meu sorriso falaria tudo,
e você esperou que não fosse em vão.
Foi ai que começou a se perder
O que pra mim seria certo.

E na confusão dos meus sentimentos,
trouxe suas lágrimas para perto.
Cada segundo, cada momento
se tornou uma ilusão.

Parece infantil, me declarar desse jeito
mas é como eu vi, vivi e senti
Uma coisa meio sem rimas ou regras
mas que ficou marcada no peito

Agora não sei se foi o cheiro,
Fico pensando no abraço
Questionando: será que foi o beijo?!
Que me deixou nessa saudade.

Te confesso que no fim
e no começo sempre te quis assim
Independente, forte, viva e experiente,
tudo que possa manter o seu "jeitim",
e aí, quis eu rimar sim.

E apesar de agora muito distante,
Vivo pensando em você...
Como se deseja a todo instante
Um novo jeito de te ver.

Olha, amei muito, mas muito você.

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quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Quando econtrar o meu amor.

Só sei que estarei lá. No momento do sorriso, da timidez, do olhar meio de lado eu saberei se te encontrei.

Dizem que podemos ver no beijo, no cheiro, na mordida ou na pulsação. O sentimento é certo nos sonhos, e ai não preciso ter razão. Aliás, tudo fica assim, meio sem sentido. A garganta coça, o ar sufoca, o estômago embrulha."Ah! Tenho que estar com você ou me sentirei perdido".

Saudade de uma coisa que ainda não existiu. Ela rasga o peito assim meio sem jeito. Sinceridade?! As vezes parece que isso é uma doença. Algo que prende a algo que é incerto. Ah, quero voltar a sonhar! Não quero mais saber diferenciar.

Então teve um dia que abri os olhos, e juro, você parecia estar lá. Numa coisa meio piegas me senti sentimental. As lágrimas escorriam e insistiam em se desfazer no abismo da janela de meu quarto. Cada suspiro uma tentativa de tentar ver você, mas a névoa da manhã cobria meus pensamentos. Resolvi então dar lugar ao calor do sol. Deixar ele me tocar, cheirar e beijar, no mesmo calor que você faria.

Foi ai que repeti pela "infinitésima" vez a nossa música. Aquela, que sem nos apresentar fez com que você entrasse em minha vida. "Ah, mas que bonita". Nunca esquecerei das vezes que mesmo distante, retornei ao seu colo para repousar. Das vezes em que o cabelo, mesmo não sabendo a cor, amanheceu desarrumado. E aquilo (você ou nosso amor?) se fazia ali, mesmo sem estar.

Sinto que tudo está perto e que mesmo com tudo incerto o futuro há de me guardar... e também sei, que ao me amar um dia lhe encontrarei.

Me espera?
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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Dez passos...

Páááááá! - o barulho ecoou pelos ares.

Deu mais uns dez passos. Arrastou pelas paredes, na tentativa de se ver livre.

Tô fudida - pensou ela na ingenuidade de quem já estava perdida a muito tempo, mas muito mesmo.

Ele segurava a arma, que disparou o projétil, que acertou seu peito. Assim, na linearidade das ações e no decorrer da narrativa até então ela não havia percebido.

Por que? - perguntou ela ao juntar seus últimos suspiros...

Porque eu te amo! - abriu um sorriso de lado... Quero que viva pra sempre com algo meu. - completou ele.

Mas... - e antes que completasse, ele tapou-lhe a boca com o dedo indicador. Segurou lhe o rosto e disse:

O que te acertou foi a minha vontade de querer seu amor assim, sempre perto e dentro de mim. Viveremos esses segundos como se fossem únicos, com a certeza que te seguirei pelo infinito.

E parafraseando ele completou: "Vai indo que eu já vou".

Sei lá, amor acontece, das mais variadas formas, difícil explicar isso.

Para minha amiga Isa Maria (carinhosamente).

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Talvez amanhã

Eu não sei o que você quer ou o que sente. Sei que não adianta mais o meu cheiro, meu toque, meu jeito e meu beijo. Sei que não fui o suficiente, e olha, não quero dizer apenas, "me entende?!".

Mas talvez amanhã tudo esteja diferente. E você, já pensou? Seríamos como gente. Daqueles que amam, que choram e que sentem. Parados ou em movimento, qualquer lugar é lugar. Qualquer pecado, toque ou desejo é só um pouco do que nos faz bem.

E olha como a vida é bonita. Ela não é perfeita, mas nos enche de graça. Tudo isso porque eu vivo pelo amanhã, eu busco aquilo que ainda não tenho.

E eu espero meu amor... que o meu amanhã seja tão belo como o seu, não importa quanto tempo dure o meu vício de te querer bem. Ah, ainda bem que existem os "amanhãs". Ainda bem.

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sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Memórias de você

"E pelos caminhos mais belos que a vida me leva, trago comigo a lembrança do seu carinho. Seu sorriso permanece em minhas memórias como se fosse meu nome. Aquilo que me marca e me consome traz também força para continuar... Nos caminhos mais árduos lembro do seu abraço. A energia flui entre os corpos, como se não existissem barreiras. Com sua energia, os passos sempre foram mais leves..."
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domingo, 7 de outubro de 2007

O mar

O vento mexia a palhoça, enquanto o som das ondas parecia embalá-lo

O mar realmente era a coisa mais bonita que vira no dia... A saudade apertada rasgava-lhe o peito

Sentiu que uma lágrima beirava o suicídio...

Enquanto os grãos de areia se desmontavam como a sua própria vida.

O olhar era direcionado ora para o chão ora para o céu. Como nunca, quisera voar. Invejou os pássaros por alguns instantes. Parou... Percebeu que a água corria entre seus dedos enchendo-o de uma sensação específica... Inquietante...

Nem percebeu, mas ao reparar já morria o dia. As sensações estavam expressas em seus olhos, que pareciam brilhar com o reflexo do sol na água.

E ele quis, e muito, fugir para o horizonte. Para sempre. Finalmente poder dormir com o sol.

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sábado, 6 de outubro de 2007

Desejo

"Quero, mais que o desejo de matar aquilo que nos mata, sentir que um dia poderei ser perfeito o suficiente para amar o amor daqueles que sinceramente amam. Quero poder esperar, que esse dia chegue, e sonhar mesmo não podendo ver, que o sorriso foi verdadeiro me tornando um ser completo"

Pra você. com carinho... miúdo.
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