terça-feira, 25 de março de 2008

B-R-O-BRÓ do meu Coração

Certo dia disseram que nenhum texto, livro ou filme começam do começo. Passaria minutos, horas e até dias para pensar e refletir sobre tal premissa. No fim (que brincadeirinha com as palavras) acho que é verdade. Por isso, a coisa mais marcante do Encontro Regional dos Estudantes de Comunicação Norte e Nordeste - ERECOM Piauí 2008 foi o que se ganhou no final.

Então imaginamos que finais, principalmente de filmes, são surpreendentemente tristes ou trazem algo que realmente nos façam ficar embasbacados, boquiabertos, questionadores. Aconteceu mais ou menos assim, um turbilhão de sentimentos prazerosos ora bobos, ora felizes acometeram as pessoas de sentimentos no mínimo interessantes. Talvez seja a tão famosa alegria, característica dos nordestinos e nortistas... daquele povo caloroso de terras escaldantes e úmidas.

Seres humanos que fizeram da alma um espaço de leveza e renovação. Um momento de dança na chuva regada com abraços deliciosos. Saias rodadas ao som de cantigas nada ortodoxas ou conservadoras. Teve de tudo, mas de tudo mesmo. Discussões sobre intimidade feminina e convenções sociais. Teve uma tal de tiquira (leia-se cagibrina, pinga, água-ardente) que deixou muita gente acordada. E para não se esquecer... teve muito bolinho de arroz com perninhas que vieram bem depois.

E vieram também as amizades. O famoso "tchu - tchu" e a passagem do trenzinho "tchu-tchuá" só fecharam os laços de carinho. Parecia que todos já se conheciam. Talvez o encontro fosse somente um dos motivos para que pudessem se encontrar, depois de longa data distantes. Então o abraço inesquecível e bem apertado da chegada deixava saudades e um pouco de conforto na despedida.

E que me desculpem os diminutivos (bastante presentes no Encontro), mas nada poderia ser tão grandioso. Posso afirmar (agora na primeira pessoa) com a legitimidade de um cancêriano sentimental, que deixo na terra quente (e abafada) do Piauí, paixões, amores, afetos, amigos e gratas sensações. Mais do que uma comunicação alternativa, acredito que foi uma alternativa a comunicação (também leia-se do coração).

"Que façam porque acreditam. Que dediquem porque querem. A verdade somos nós que fazemos. Assim como todo ponto-de-vista depende do olho de quem vê."

Muito obrigado.

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segunda-feira, 10 de março de 2008

Mais um final de tarde

Chega! Basta! Digo com a certeza de quem ainda aprenderá muito na vida que não pode-se suportar mais. Despeça com certa lentidão daquilo que amarra os piores ou até mesmo mesquinhos sentimentos. Afinal, eles não existiram sem propósito ou desmerecidamente. Pense nas oportunidades que vis sentimentos ofereceram para o amadurecimento.

Encene um simples "adeus" na tentativa de se ver livre. Finalmente chegou a hora de querer algo. De querer crescer e ser belo. Quão maravilhoso é perceber que os algozes de outrora descansam tranquilamente onde só havia rancor e até indiferença. Talvez seja esse o mistério que permeia as mais belas nuances e paisagens do cerrado, pois sempre renascem de ambientes tomados um dia pela fúria do fogo.

Abrace qualquer causa. Ter um objetivo, por mais distante que pareça, ajuda a trilhar qualquer caminho por mais tortuoso que pareça. Livre-se de seu relógio. A tanto somos escravos do tempo com suas devidas causas e ansiedade. Faça por merecer. Na verdade, faça porque quer.

Longe da família dos textos ou livros de auto-ajuda-da-melhor-e-mais-bonita-autoestima do universo, escrevo com a intenção de juntamente com qualquer um , seja do mundo dos sonhos ou do real, ter uma vida cada vez melhor. Não escrevo em tentar ou ser feliz. Escrevo no ato, de talvez algum dia, alguém possa me ensinar a não ser tão humano e imperfeito assim.

Despeço mais uma vez. Digo "tchau" aos sentimentos bobocas e palavras sem sentido. Ao som do piano mais ébrio... vou-me.


"Era final de tarde. Uma fita de cetim ousava em balançar ao soprar do vento. O cheiro de terra molhada invadia o ar de forma hostil. Parecia vir das lágrimas que ousavam cair ao relento, pendentes de sentimentos nada específicos. Um turbilhão de imagens e pensamentos soltos viam a mente.

Distante aquela pequena mancha já podia ser agora definida. Os traços tenros daquelas lindas curvas impregnava os olhos com cores vivas. Era ele, caminhando lentamente ao som das folhas daquela tarde. Ah, era final de tarde.

Os passos se apressavam cada vez mais aos braços estendidos. Uma extensão do outro, era assim que sentiam. Sabiam que, ao menor descuido poderiam se ferir eternamente. Eram mais uma vez espírito e carne. Eram mais uma vez irmãos.

As lágrimas não cessaram. Mudaram de cor, como se agora estivesse tudo bem... a mesma coisa outra vida. Outro sentimento."

Peço desculpas àqueles que corajosamente acompanharam meus textos até aqui. Acho que a graça é ver estampada nos olhos, o sorriso da alma depois de tanto tempo distante. Claro que não tenho a pretensão de achar belo ou até mesmo convincente os textos que aqui publico. Espero por mais uma vez enchê-los com minhas confusões sentimentais.
Obrigado.

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quinta-feira, 6 de março de 2008

Divagações II

"E mesmo que soubesse o segredo da felicidade, esperaria os imprescindíveis ponteiros do tempo torná-lo a mim o seu vício de querer bem, de querer ser feliz".
Renato Cirino

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terça-feira, 4 de março de 2008

Divagações

Quem me dera se fossem negros os sóis do universo, assim como os olhos que um dia ousaram em fitar minha carne, nua, suja... da mesma forma descrita a vida de anjos e demônios pertencentes a histórias tristes, inacabadas e ingênuas.

Então surgem onomatopéias que insistem em transformar o sofrimento em alívio eterno. Ah! Acredito que nesses momentos de divagações hiperbólicas nos fazem sentir meio, conhecedores de nós mesmos.

Fielmente, acho que me transformei em alguma coisa.

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